O título deste post pode assustar, mas embora pareça sensacionalista, ilustra bem a nova moda entre os norte-americanos que, em busca de aumentar o prazer sexual fazem festas “roleta russa”, cuja atração principal é o risco de contrair SIDA.
Tudo começou em São Francisco, com o surgimento das “barebacking parties”, festas organizadas para que todos (de ambos os sexos) mantenham relações sexuais sem o uso do preservativo e das “Russian Rolette Partie”, na qual 10% das pessoas são seropositivas e as demais negativas. Nesse tipo de festinha, somente o organizador sabe quem são os infectados com o vírus (chamados de “presente”) e é estritamente proibida a entrada, uso e venda de preservativos,ou seja entrou,está exposto.
Além disso, é crescente o número de casais homossexuais que se contaminam voluntariamente, a fim de assumir uma situação de igualdade diante do parceiro e com isso livrar-se definitivamente do uso de preservativo.
A esta altura você deve estar a intorrogar-se se existe alguém que apóia tais iniciativas. A resposta é positiva. Segundo a revista Veja, o mais influente ativista contra o uso da camisinha, o californiano Tony Valenzuela, é famoso pelos seus discursos inflamados contra a prevenção. “O sexo sem preservativo tem um valor original que resulta em elevado nível de intimidade e erotismo incomparável”, declarou ele ao site da organização Sex Panic.
Segundo os ideais bareback, essa foi a forma encontrada para questionar a sociedade, seus dogmas sexuais e mentiras. O próprio sucesso nos tratamentos da SIDA acabou influenciando esse movimento. Hoje, com a ajuda de coquetéis e medicamentos, a sobrevida de um soropositivo aumentou para vinte anos ou mais, o que diminuiu proporcionalmente o número de mortes em consequência da doença, desde 1996. Entretanto, a situação é tão alarmante que algumas comunidades gays européias descrevem casos de desempregados que se contaminaram propositalmente para obter benefícios oferecidos aos portadores do vírus da SIDA, como auxílio moradia, alimentação e tratamento.
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