Aproximou-se vagarosamente do indivíduo, surpreendendo-o a tentar pular o muro com os seus amados patos.
Batendo nas costas do tal invasor, disse-lhe:
- Oh bucéfalo, não é pelo valor intrínseco dos bípedes palmíferes e sim pelo acto vil e sorrateiro de galgares as profanas da minha residência.
Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para gozares com a minha alta prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica no alto da tua sinagoga, que te reduzirá à quinquagésima potência, que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, disse:
- Oh, senhor, eu levo ou deixo os patos?
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